Mexericos
Eu sei bem que trabalho é trabalho, conhaque é conhaque.
Até porque não consigo estar todos os dias úteis, das 9h às 18h, a fingir que estou a beber conhaque.
Chouriço is a spicy portuguese smoked sausage, made with pork meat, pork fat, wine, paprika and salt, stuffed into tripe (natural or artificial) and slowly dried over smoke. It can be served as part of a meal or used as a dildo.
Eu sei bem que trabalho é trabalho, conhaque é conhaque.
Uma velha grávida e paraplégica é assim uma espécie de quinta-essência para uma caixa prioritária.
Cheguei àquela altura da minha vida em que não sei se "porco nojento" já se começa a qualificar como um elogio.
Se tiverem um amigo proctólogo, nunca lhe peçam para, quando chegar ao local que combinaram, ele vos dar um toque.
Sendo quem e como sou, quando digo que há uma parte de mim que está sempre em pé, as pessoas nunca me olham para o cabelo.
Mete-me impressão o novo poster da campanha de apoio aos portadores de síndroma de Down.
O sentido de humor não é uma cena exclusiva dos seres vivos.
The Mass Missile - Ima Made Nando Mo:
Dançar na campa do meu pai só por cima do cadáver dele.
O informático em mim não consegue deixar de divisar que os programas da manhã dos canais generalistas estão cheios de bugs.
O meu amigo Duarte não é nenhum artista, mas já teve uma cena em exposição: o cúbito do braço direito.
Depois do aconchegar das mantas, vinha o beijo de boa noite.
Lembro-me com carinho dos beijos de boa noite que o meu pai me dava todos os dias, antes do deitar.
O meu pai já não me liga há mais de uma semana.
Tenho uma personalidade tão difícil que para me perceber não precisam de um psicólogo: precisam é de uma equação de quarto grau.
O meu amigo Carlos é tão do metal que sempre que passa a rasar o meu frigorífico leva-me os ímanes todos atrás.
A diferença entre uma bruxa e um suicida é que só um deles leva uma vassoura quando sai a voar pela janela.
Estou cercado de gente virtual com talento que reconhece, de forma recíproca, a minha existência.
A diferença entre aquilo que eu digo e o Hélder Postiga é que aquilo que eu digo é ofensivo a valer.
A minha namorada sentiu hoje o que é ser o Haiti quando precisou de ajuda humanitária para subir o fecho do vestido até cima.
Tenho um poder destrutivo tão grande que não consigo abrir de puxão um pacote de Nestum sem fazer um rasgão até meio.
Hoje, quando chegar a casa, não te vou dirigir a palavra nem para dizer olá.
Um tipo sabe que já não tem verdadeiros amigos quando abre a caixa de correio electrónico de manhã e constata que não tem lá um único email de cariz pornográfico à sua espera.
Com a quantidade de vezes que a andam a despejar indesejadamente nos meus ouvidos, eu já ando a vomitar Lady Gaga pelos poros.
Gosto de pensar que as putas e os cabrões existem apenas porque Deus precisa de vasilhame onde guardar as doenças venéreas.
Há quem defenda que o expoente máximo do conforto masculino e heterossexual para com a parceira é o peidar-se à frente dela.
A vingança só é um prato que se serve frio porque eu ainda não aprendi a mexer muito bem no meu novo microondas.
Se ninguém impedir a Simara de saltar à corda, eu juro-vos que o Haiti será apenas o início.
Um gajo que seja o total oposto de mim tem de ser um gajo que primeiro diga "Foda-se!" e só depois entorne o copo de Favaios no novo napperon que a namorada, essa rameira quadrúpede que lhe dá sentido à vida, colocou a fazer pandã ou tigre de bengalã ou o caralhã que a foda com o centro de mesa da mesa da sala.
Amanhã, quando acordar, espero que o meu quarto cheire a brut e a anais anais.
Se o Nicholas Sparks fosse mudo, "As Palavras Que Nunca Te Direi" seria, basicamente, um léxico.
Quando for grande quero ser como o Orochimaru.
Nunca cheguei a perceber se era o meu pai que era uma pessoa de pouco apetite, se era o facto de ele me andar sempre a comer com os olhos que o enchia.
À próxima pessoa que me perguntar se eu lhe sei dizer as horas, eu vou responder "Meia-noite, uma da manhã, duas da manhã, três da manhã, quatro da manhã, cinco da manhã, seis da manhã, sete da manhã, oito da manhã, nove da manhã, dez da manhã, onze da manhã, meio-dia, uma da tarde, duas da tarde, três da tarde, quatro da tarde, cinco da tarde, seis da tarde, sete da tarde, oito da noite, nove da noite, dez da noite e onze da noite."
Tentei explicar-lhe que aquele batom nos lábios era de ter andado a mamar na boca de outra tipa, mas o facto de estar a envergar, na altura, um vestido e uns sapatos de salto agulha dela frustrou-me completamente o bluff.
Estou a pensar em fazer uma venda de garagem com todas as mágoas e sonhos desfeitos que ainda guardo em mim.
De entre todas as coisas que nos podem fazer sentir dentro de um filme, acho que a mais bizarra que me aconteceu foi quando uma vez cheguei já tarde a casa e estavam a passar os créditos finais desse dia.
O que arde, cura.
A vida não é um jogo, mas eu tenho quase a certeza que o meu vizinho do quarto direito é o anão do Golden Axe.
Se eu tivesse um cão salsicha, não o ensinava a ir buscar bolas e a fingir-se de morto: ensinava-o era a cortar-se às rodelas, a ensopar-se em mostarda e a meter-se dentro de um pão de hambúrguer.
Gosto de pensar que saber estar profissionalmente num office space passa por fazer headbanging e devil horns ao som do "Psychosocial" dos SlipKnot.
Sofro por amor.
Se nada se perde e tudo se transforma, então eu transformei dez euros no autocarro hoje de manhã.
Ando com tanto trabalho que o lazer já me mandou uma SMS a indagar se estava tudo bem comigo.
Ontem, senti-me um autêntico filme do Michael Bay quando, numa discussão, me deixaram sem argumento.
Pá, odeio chorar enquanto estou a comer mousse de chocolate.
Espero sinceramente que venhamos a ser todos amigos, até porque eu não consigo fazer sexo com completos desconhecidos.
Ainda bem que o coito que eu pratico e os cinemas ZON Lusomundo não são uma e a mesma coisa.
Odeio quando me peido e ninguém dá pelo cheiro.
Quando for grande quero ser o Rock Lee.
O que me lixa é saber que há vermes que já conhecem melhor o meu pai por dentro do que eu.
Para mim, a pior cena do "Avatar" foi aquela cena em que eu tive de tentar três vezes até ter conseguido finalmente ver o filme, e isto sabendo de antemão que o James Cameron jamais faria esse esforcinho para ir ver um filme meu.
Acho inacreditável como consigo estar a trabalhar e a fingir que estou a trabalhar ao mesmo tempo.
Tenho tanto medo de te perder que acho que te vou fazer uma chapinha com o teu nome e o meu contacto telefónico para pores na coleira.
Aquele teu abraço no final do dia e isto e o tempo não tem outra hipótese senão parar.
Somos todos filhos de Deus, e eu acabei de passar por uma irmã minha que, se ela me deixasse, incestava-a à bruta ali na sala das arrumações.
A diferença entre Deus e o meu pai é que eu só costumava rezar a uma deles para que o outro não me fizesse visitas nocturnas quando a minha mãe já estivesse a dormir.
Não vivo cada dia como se fosse o último, mas devoro cada Ferrero Rocher de acordo com esse paradigma.
Yoshida Brothers - Nabbed:
Eu escrevo tão bem que, se a gramática tivesse bracinhos, aposto que ela me batia palmas sempre que eu acabasse de redigir um texto.
Faço uma óptima imitação do "Jaws", mas com a minha pila como barbatana à tona e a boca dela como a vítima inocente a nadar no nosso mar de lençóis.
Um tipo sabe que isto vai ser para sempre não quando baixa as calças do pijama e os boxers, mete o esfíncter na cara dela e lhe pergunta "Achas que tenho mais pêlos no rabo?", mas sim quando baixa as calças do pijama e os boxers, mete o esfíncter na cara dela, lhe pergunta "Achas que tenho mais pêlos no rabo?" e ela lhe responde que sim com aquela cara de "O teu cu está à frente do meu "America's Next Top Model"".
Mais do que prejudicar gravemente o meu esperma e provocar-me uma morte lenta e dolorosa, fumar leva a que os fumadores aqui do meu local de trabalho entulhem a entrada e não me deixem passar à vontade.
Fico triste sempre que a minha namorada sai de casa e me deixa lá sozinho, até porque é ela que tem a chave para o armário dos licores.
Ela disse-me que uma das minhas melhores qualidades é a minha capacidade de amar.
Primeiro, pedem-me para ser eu mesmo.
As pessoas literais não me incomodam por aí além.
A diferença entre o meu esperma e o champô Johnson's é que o champô Johnson's não arde nos olhos.
Detesto quando convido o meu pai para ir dar uma volta e ele prefere ficar em casa a putrefazer-se.
Estou a comer uma ciabatta com queijo e manteiga e a bebericar um chá de camomila.
Chateia-me quando ando à procura dos segundos sentidos em frases e expressões e os únicos que eu encontro são os terceiros e os quartos.
A minha curiosidade lamenta que nunca ninguém venha a saber que merdas são aquelas que não lembram a ninguém.
A vida do meu pai pode ter chegado ao fim, mas a morte dele, essa, está apenas no início.
O segundo passo é admitir que se está errado.
O primeiro passo é admitir que se precisa de ajuda.
"E então? Tens rasgado muitos cus a meninos?" é capaz de ser o melhor icebreaker de sempre para conversas com pedófilos.
Eu não falo: eu faço amor com as palavras.
Comprei um relógio, mas ele não me diz as horas.
Há aqui um tipo que passa tão despercebido que acho que, só hoje, já o cumprimentei para aí três vezes.
A única altura em que sou verdadeiramente ninja é quando estou a descascar batatas e, assim vindo do nada, dou uma navalhada num dos dedos.
Um tipo sabe que leu demasiadas Aventuras Fantásticas quando era puto quando dá por si a passar por um Director Técnico, Perícia 7 Força 10.