Chouriço

Chouriço is a spicy portuguese smoked sausage, made with pork meat, pork fat, wine, paprika and salt, stuffed into tripe (natural or artificial) and slowly dried over smoke. It can be served as part of a meal or used as a dildo.

sexta-feira, junho 29, 2007

Um chorrilho de verdades absolutas...

Várias foram já as pessoas que leram este post e o classificaram de "politicamente incorrecto".
E alguns de vocês podem vir mesmo a afirmar que "mas então espera lá... então se existem pessoas que disseram isso do post, e tu estás a escrever isto no mesmo post, isso não vai um bocado contra a lógica temporal do escrever post / criticar post?", mas se sabem o que é bom para a tosse vão mas é manter o bico caladinho.
Se não conservarem o bico calado, então é porque não sabem o que é bom para a tosse, e nesse caso eu ajudo: Bisolvon.
Não só age como um antitússico, abrandando os sintomas, como também contém bromexina, que para além de estimular a desobstrução do tracto respiratório, pode funcionar como um anagrama e formar algo muito semelhante a um sinónimo de "felácio".

Bom, de qualquer forma, eu até acho que essa coisa do "politicamente correcto" é mito.
Assim um bocado como o orgasmo feminino.
Eu tendo a ficar sempre indagado quando vejo outro homem a ficar indagado pela descoberta de que rara é a mulher que não finge um orgasmo ao longo da vida.
Não percebo o alarido.
As mulheres fingem orgasmos pela mesma razão que nós fingimos que estamos a ouvir seja o que for que elas estão a dizer quando está a dar um Benfica - Sporting.
Ou um Boavista - Sp. Braga.
Ou até um Nacional - Académica.
Se bem que - devo confessar - já apanhei as palavras "quando", "nuca" e "ovos" assim de soslaio durante um Leixões - Rio Ave.
Mas foi só porque um tipo do Leixões esteve caído no solo a receber assistência durante vários minutos e aquela-tipa-que-é-minha-namorada-e-que-agora-não-se-ma-lembra-o-nome estava a aspirar mesmo à frente da televisão, o que desviou um pouco e o suficiente a minha atenção.

Seja como for, fica bem, e é por isso que a gente finge.
Que é para as pessoas não ficarem chateadinhas.
É que uma pessoa chateadinha ainda chateia.
E depois a gente chateia-se por causa do chatear dessas pessoas chateadinhas e isso é uma chatice.

E acabou de se abordar duas coisas de que gosto bastante: mulheres e futebol.
Gosto, mas isoladamente.
Misturá-las só me complica o juízo.
Se eu estiver ali no bem bom e me ligarem uma televisão na Sport TV mesmo à frente do nariz, eu sou pessoa para não conseguir, por mais impossível que isto possa parecer, ter o desempenho de Deus Grego a que já habituei a minha parceira.
A ela ou à cómoda.
Não sei bem.
É que às vezes empolgo-me e, no meio daquele festival de animalesca pornografia, quando dou por mim já estou a cavalgar outro mobiliário que não a minha companheira.
Regra geral, é sempre a cómoda.
Calha.
Ou isso ou há qualquer coisa naquelas gavetas que excita mais do que é devido...
É que a cómoda nem sequer é de mogno, o que poderia explicar muita coisa...

Mas estava eu a dizer que gosto de mulheres.
E de futebol.
E de mulheres.
E a única altura em que não me importo de ver as duas coisas misturadas é quando elas (as mulheres) decidem falar do desporto rei.
Não sei porquê, mas gosto de ver mulheres a discutir futebol.
É como assistir a um hamster a andar feito parvo naquelas rodinhas.
Acho piada.
É divertido e entretém.

E diz que há homens que não gostam de futebol.
Haver, há, mas não é isso o que define a homossexualidade?
Aquela coisa do "homem que come outros homens" mais não é do que uma desculpa esfarrapada para não se ter de assumir publicamente que não se sabe o que é um fora-de-jogo.
Homem que é homem sabe o que é um fora-de-jogo, e homem que é homem assume publicamente as suas coisas.
E eu assumo que todo este escarrapacho de informação inútil nada é senão uma forma extremamente sólida de chegar ao seguinte: eu simplesmente odeio, tenho asco, aliás adoro, pessoas que, como forma de reprimenda, repetem as nossas sentenças antecedidas por um "Pois", como no exemplo em que nós dizemos "Mas eu não tenho a culpa" e a resposta é "Pois, não tens a culpa"...
Isto é quase tão mau quanto aquelas alturas em que a mulher se recusa a ir buscar a cerveja ao frigorífico, o cão se lembra de mijar na carpete, e nós só temos um jornal para dar no lombo.

E quem o contrário diz amor aos dentes não tem.

quarta-feira, junho 27, 2007

A passar-me daqueles apetrechos de pesca com que se puxa a linha...

Hoje estive a almoçar numa cantina, ao som ininterrupto da voz de pato da Anastacia, bombardeado com todo o repertório de video clips desta num ecrã à minha esquerda, rodeado de gente que não parava de falar de carros e cilindradas e cavalos e toda aquela mancheia de acessórios automóveis que tanto me interessam, com duas copiosas aftas na boca num arder contínuo, com os dentes a abanar devido ao aparelho, já sem dois deles como parte do tratamento ortodôntico, com elásticos a abrir dolorosos espaços entre os molares e com os olhos doridos devido à falta de sono.

É deste tipo de material, meus amigos, que são feitos os assassinos em série.
E depois quem paga é Santa Comba Dão...
Se bem que, com um nome destes, Santa Comba Dão está mesmo a pedi-las...