Jung
A comer sardinha enlatada em tomate picante e a arrotar a Casal da Eira à uma da manhã. Aqui, vive-se o sonho.
Chouriço is a spicy portuguese smoked sausage, made with pork meat, pork fat, wine, paprika and salt, stuffed into tripe (natural or artificial) and slowly dried over smoke. It can be served as part of a meal or used as a dildo.
A comer sardinha enlatada em tomate picante e a arrotar a Casal da Eira à uma da manhã. Aqui, vive-se o sonho.
Enquanto ateu, nunca soube muito bem como deveria ser o meu comportamento numa missa.
A crença religiosa, para mim, não passa de um acessório. É assim uma espécie de cachecol que um gajo põe à volta da ignorância.
Hei-de ter sempre esta alma de miúdo.
Procura-se: jovem e dinâmica moça com anos de experiência na arte de espremer sebo das costas.
24: dia de consoada, de prova de mil e um licores e dos vinhos a ganhar pó no fundo da frasqueira, de troca de prendas compradas à última hora e por metade do preço que as pessoas pensam que foi e de falar mal dos familiares que este ano não vieram.
Os livros da Margarida Rebelo Pinto podem e devem ser julgados pela capa. E depois condenados à fogueira.
Deviam estender para treze os trabalhos de Hércules, e acrescentar "Dar comprimidos à gata do grassa".
Tudo o que eu digo, mesmo a brincar, tem um fundo de verdade capaz de fazer inveja a um poço.
Um abraço teu é como uma onda de choque para todas as coisas más que o mundo insiste em gravitar à minha volta.
Dada a quantidade de verduras que consumo, eu dava um óptimo defensor dos direitos das plantas.
Vão lá perguntar ao pessoal com cancros em fase terminal se eles estão preocupados com o fim do mundo.
Vivi muitos anos com a minha avó. E a minha avó viveu muitos anos perto da sede dos bombeiros.
Passo horas a sentir-me melhor pessoa e de olhos postos em futuros risonhos de cada vez que vejo e revejo esta trailer.
Este Natal, estou muito, muito tentado em seguir a via económica: enrolar um lacinho à volta do outro pescoço e oferecer apenas chapadas de pila.
Há uma tipa nova no meu trabalho que, dadas as saias que ela usa, se eu fosse o patrão, o trabalho dela seria passar o dia a apanhar coisas do chão.
É uma pena uma pessoa não ser apenas um nome. Lá se vai a minha hipótese de ter a Anne Hathaway todos os dias na ponta da língua.
Crime, para mim, foi o Renato Seabra nem sequer ter deixado o Carlos Castro a decantar.
Hoje, olhei-me ao espelho e dei por mim a chorar. Vi uma pessoa que já não via há anos e que pensava que tinha morrido.
Tenho a existência estagnada. Com um bocado de sorte, ainda acabo a gerar novas formas de vida.
Os lançamentos dos livros da Margarida Rebelo Pinto deviam ser todos feitos da Ponta de Sagres abaixo.
No hotel, penduro sempre o aviso de "Não incomodar" em mim. A porta do meu quarto podem incomodar à vontade.
Uma pessoa ouve aquele "Lost" aos vinte e quatro segundos e ainda fica na dúvida, mas depois chega ao fim da primeira estrofe do "Be" do Neil Diamond e percebe que sim, que a felicidade também é definitivamente um motivo para chorar e embeber as bochechas no sal da enxurrada fruto da barragem que acabou de nos rebentar nos olhos.
A Linda Cardellini é uma daquelas tipas que eu não me importava nada que um dia confundisse a minha cara com um pouffe.
Téu néu néu néu néu néu néu néu, téu néu néu néu néu néu néu néu néu néu néu, fuiiiiiiiimmmmmmmmm, tiuuuuuuuuujjj, péu, péu péum, pé pepé péum, péum péum, péuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmm, tini nini ni, ni nini, nini nini, tini nini ni, ni nini, nini nini, péu, péu, péu péu PÉUM!
É um desperdício, em qualquer hospital, fazer a cama de vegetais e não lhe meter nem um lombinho de porco ou de salmão em cima.
Não existe melhor tratamento para um vegetal num hospital do que plantá-lo numa sala à espera que dali brote alguma coisa.
Pergunto-me quantos casapianos ainda têm arrepios e cheliques involuntários sempre que comem uma banana a seguir à refeição.
Pedem-nos para corrermos em direcção à felicidade. Mas primeiro metem-nos uma tesoura nas mãos.
Ultimamente, parece que cada sinal STOP por onde passo está a tentar dizer qualquer coisa ao meu modo de vida.
A felicidade eterna é a banha de uma cobra que está enrolada à vossa volta e que vos constringe todos os dias mais um pouco sem que vocês dêem sequer conta.
A vida é um abismo. Um poço. Uma cova. Um alcantil. Um buraco com breu apenas como fundo.
Mandei para trás a água e pedi mais uma garrafa de vinho. Sou o Messias dos jantares de Natal.
Sinto-me muito, muito sozinho.
Ontem à noite meti uma meia na lareira quando cheguei a casa. E a outra no sofá. E a camisola algures no corredor e as calças no chão do quarto, antes de finalmente aterrar na cama e desmaiar de tão cansado que estava.
Vou ser daquelas pessoas que vai dar o nome de músicas aos filhos.
Fui-me outra vez abaixo ontem à noite. Mas desta feita foram precisas quarenta flexões para o conseguir.
Causalidade gastronómica: o que é que veio primeiro, o ovo escalfado com ervilhas ou a galinha com amêndoas?
Sinto-me tão prejudicial como o tabaco sempre que enrolo alguém com a minha conversa e do outro lado acabam a pôr um filtro.
Nunca ponham uma manta sobre os ombros de alguém que está a tremer. Pode ser apenas Parkinson.
A Matrix padece do mesmo problema que a maior parte dos brinquedos de Natal: pilhas não incluídas.
O fim do mundo. Para os maias, a 21 deste mês. Para as mulheres, de cada vez que o homem deixa o tampo da sanita para cima.