Ouçam, isto existe!

- "Ultimamente ando muito esquecida."
- "Ai, eu também."
- "Ah, mas eu já bati com a cabeça e fui hospitalizada."
- "Eu também já estive hospitalizada, é da idade, afinal já tenho 79."
- "Eu já tenho 84 e já usei canadianas e tudo, e tenho artroses e estou a pensar ser operada."
- "Ah, não o faça. Eu também tenho artroses e já fui operada e, olhe, estou arrependida de o ter feito."


Sim, meus amigos, este é um palavreado real e verdadeiro entre duas senhoras de idade / idosas / velhas / mulheres senis / p*ta que as pariu que eu testemunhei, em primeiríssima mão, numa paragem de autocarro.

Não me é consentido averbar, todavia, como acabou, pois entretanto o sangue que me jorrava dos ouvidos não me permitiu escutar até ao fim tão elevada cavaqueira.

Pilhérias, facécias e outros chistes que tais

Será que alguém política e socialmente correcto é obrigatoriamente filiado do PS?


Alguns iogurtes são naturais...
Mas naturais de onde?


Dizem que o amor é cego.
Razão pela qual eu não amo ninguém.
Não gosto de sentimentos deficientes...


Vejo tanta gente preocupada com o lobby gay, mas poucos ou quase ninguém com o hall de entrada transsexual.
Já para não falar da escadaria machista...
Não contam, é?


Dou graças a Deus por os tipos que dão os nomes à medicação não serem os mesmos que dão os nomes às personagens dos jogos e criam as suas histórias.
Assim, escuso de jogar RPGs com paladinos chamados Turmoxyl ou Clamixina-3, e onde é necessário salvar a princesa duas vezes ao dia, logo a seguir às refeições...


Eu tenho um sonho.
E esse sonho passa por um mundo onde os sacos de boxe não são tão submissos como nos dias que correm...


A minha avó, em relação ao meu computador, teve esta brilhante saída: "Isso é o quê, uma calculadora?"
Acho que é o exemplo de um primitivismo que ela herdou do meu avô, que ainda hoje jura, a pés juntos, que não há coisa que não se resolva com porrada...


Ainda em relação à minha avó e à Informática, e depois da proeza de vulto acima citada, decidi tomar entre mãos, numa atitude meramente desportiva, a tarefa de a tentar convencer que a Internet não mais é do que uma espécie de bolo de bolacha, mas com sabor a merengue.
Taxa de sucesso: 100%.

A minha vida não dava um filme

Eu bem que queria, mas a verdade é que a minha vida não dava um filme.
Não dava pois a minha vida é egoísta e nunca deu nada a ninguém.

No outro dia, tive uma conversa com ela sobre a vida que ela está a levar, e ela não gostou.
Começou a ameaçar que acabava com ela mesmo se eu continuasse a criticá-la.
Tive vontade de lhe bater, mas não quis arruinar a minha vida dando cabo da minha vida.

E ainda bem que me contive, pois às vezes eu não meço bem a minha força (diria que, bem esticadinha, a minha força atinge os dois metros e vinte, mas, lá está, não o posso afirmar com certezas).
Só para terem uma noção: eu sou tão forte, tão forte que no outro dia andei à pancada com o meu bíceps esquerdo... e perdi.

É assim... vidas!
Estou fartinho de apelar ao destino para me arranjar uma nova.
O problema é que o destino, esse sacana, também me saiu cá um forreta...

Ortodoentia

Usar aparelho já começa a tomar contornos de maçada.

É assim um bocadinho aborrecidozinho o facto de os bocados de comida que ficam entrincheirados no dito cujo, e após um bom bochecho com água, darem para fazer uma sopa...

Still...

Nunca fui muito fã de publicitar letras de músicas em blogs.
Nem em blogs, nem em qualquer outro tipo de porte escrito.

Hoje, sinto-o, é dia de excepções.

Hoje um ode fez-me algo que meras palavras em português não fazem jus em descrever.
It just blew me away.
Ele há coisas que em inglês fazem tão mais sentido...

A melodia dá pelo nome de "Still", é da autoria de Elvis Costello, e os versos do trecho assim rezam:


"These few lines I'll devote
To a marvelous girl covered up in my coat
Pull it up to your chin
I'll hold you until the day will begin

Still
Lying in the shadows this new flame will cast
Upon everything we carry from the past
You were made of every love and each regret
Up until the day we met
There are no words that I'm afraid to hear
Unless they are " Goodbye, my dear"

Still
I was moving very fast but in one place
Now you speak my name and set my pulse to race
Sometimes words may tumble out but can't eclipse
The feeling when you press your fingers to my lips
I want to kiss you in a rush
And whisper things to make you blush
And you say " Darling, hush, hush
Still, still""


Recomendo-vos a sua escuta.

Humores de uma sentença só

Os vegetarianos são uns tipos cheios de sorte pois nunca estão feitos ao bife...


A minha mãe deixou de pedir ao meu pai para pintar a casa desde que descobriu que ele é um troca-tintas...


Para um elemento dos No Name Boys que insulta um membro da Juve Leo e acha que daí pode advir azar para o seu lado, talvez não seja muito boa ideia bater três vezes na madeira e berrar "Lagarto, lagarto, lagarto"...


Diz a galinha Páscoa para o seu coelho de estimação:
- "Olha lá, viste os meus ovos?"


Uma pergunta escusada de se fazer a um gago:
- "Desculpe, importa-se de repetir?"


No outro dia fiz das tripas coração, mas a única coisa que ganhei com isso foi um ventrículo grosso e um ventrículo delgado...


Será um freguês um natural da Frega?

Sem sentir nada faz sentido

Mexer com os sentimentos de uma pessoa é das mais poderosas aptidões que se pode lograr ter... e das mais perigosas também.

A pouquíssimas cousas a minha vida concede esse predicamento na sua forma mais profunda.
Consente-o à minha vida amorosa.
Permite-o ao repúdio do grotesco da natureza humana.
Entrega-o... à melodia dos KoRn.

Faz hoje uma semana que comprei o novo álbum de originais deles.
O oitavo.
E pela oitava vez, apetece-me rasgar a alma com estes sons.

Apetece-me vomitar as lágrimas de quem entranha o belo...
... embrenhar-me nas escarpas da minha recém-adquirida pele de galinha...
... e aturdir a minha existência ao compasso deles.

KoRn.

Quando os sinto desta forma, não há outro momento que eu prefira a este...