A loja do 300

We the 300 shop owners have descended from Og Mandino himself.
Taught never to sell cheap, never to let a customer leave without a sale made.
Taught that to haggle over a product in the market is the greatest glory a retailer could achieve in his life.
300 shop owners: the finest merchants the world has ever known.

O segundo sentido do verbo "comer"

Vai uma bananinha?

Não?

Então e que tal um leite morninho?

Espera aí que eu já te conto uma estória

José acordou maldisposto.
O Sol batia-lhe de frente nos olhos, rompendo através da persiana aqui e ali entreaberta da janela do quarto.
José não foi de modas e, irritado, enfaixou no Sol cabeçada tal que o Sol ficou os três dias que se seguiram sem brilhar.

Cambaleante e rabugento com o sono, José renunciou à preguiça e, saindo do reconfortante calor das mantas, José sentou-se na berma da cama apenas para descobrir que lhe faltavam os chinelos, e o chão ainda era coisa para estar frio.
Até quase que parecia que o Destino lhe estava a pregar uma partida.

Não sendo particular fã de que gozem com a sua cara, José arvorou-se e aviou uma carga de pancada no pobre do Destino que este nem sequer chegou a ver a matrícula do que o atropelou.
De caminho, ainda aproveitou para encetar dois ou três bananos no dia só porque este estava a teimar em não lhe começar bem.

"Que agressividade que tu tens, José", disse-lhe a quintessência do Ser, que até ali tinha estado no seu cantinho filantrópico a assistir a tudo.
"Devias ter um pouco mais de calma", rematou a quintessência.

José agarrou na quintessência do Ser pelos colarinhos e arrimou-a de encontro à parede, onde lhe explicou, com todas as letrinhas, que se ela voltasse a abrir a cavidade bucal apanhava uma trepa daquelas que já não se dão desde 1950.

A quintessência do Ser começou a choramingar a miúdo e, como amiúde sucede sempre que é atacado o Ser, veio de lá o Estar, na sua forma verbal, pronto a defender o seu congénere intransitivo.
Mais valia ao Estar ter estado quieto, pois José alçou das patongas e aplicou, logo ali, um real arraial de bordoeira.
Com um megarotativo, três estampilhas, meia dúzia de lamparinas e um par de bofetões, José parou de parir as doses de amargor que deixaram o Ser e o Estar sem saberem quem eram e onde estavam.
Não porque julgasse que a dose já era mais do que suficiente, mas porque já lhe doía as mãos de tanta bolachada.

E parecia que nada justificava a superfluidade de tamanha violência.
"Não é para isso que aqui estamos", ecoou pelo Universo, e também pelo quarto de José, a eterna enunciação do porquê de estarmos aqui.

José ergueu um daqueles olhares ameaçadores que dizem tudo.
E o porquê de estarmos aqui, esse, piou baixinho...

Dúvida

Vocês não acham que as amebas são umas coisas assim um bocado sem pés nem cabeça?

Uma das grandes vantagens de ter namorada

Ter uma mulher a quem apalpar os seios sem levar uma lambada de seguida.

As pessoas chateadas consigo mesmas são as mais sãs

A afirmação que serve como título a este post pode parecer quase tão ridícula como o segundo equipamento do Benfica, mas posso-lhe afiançar, excelso leitor, de que se trata de uma das mais puras verdades.

Tal como Aristóteles lá nos tempos de antes de Cristo com o seu silogismo de "ó Sócrates, se todos os homens são mortais, sendo tu homem, com a breca, também és mortal", também eu, pela força da lógica, qualifico o raciocínio no cabeçalho como inegável.

Atente-se:
Todas as pessoas sãs não falam consigo mesmas.
Todas as pessoas chateadas com alguém não falam com esse alguém.
As pessoas chateadas consigo mesmas não falam com elas próprias.
Logo, as pessoas chateadas consigo mesmas são as mais sãs.

É bom, no entanto, eu chamar a atenção para o facto de o vice-versa não ser necessariamente verdade.
Lá por eu não falar com a minha cabina de duche, por exemplo, isso não significa rigidamente que eu esteja melindrado com ela.

Se bem que, neste caso, até calha ser verdade.
É que a sacana da cabina insiste em pôr-me a cabeça em água.

Uma curta

O ócio não precisa de patrocínio ou promoção.