O segundo sinal do Apocalipse, de acordo com a Bíblia
Os Scorpions actuam, nestes próximos dias 4 e 6 de Dezembro, em Portugal.
Os Scorpions vêm ao nosso país daqui a aproximadamente uma semana, e que medidas é que já foram tomadas para prevenir esta anunciada hecatombe?
Nenhumas.
Quando vem de lá o anticiclone dos Açores (e não, não falo do Pauleta; esse anda a anticiclonar lá por Paris), é vê-los aí a aconselhar circunspecção contra as frentes frias e outras depressões atmosféricas que tais.
Quando se apropinqua uma época festiva, como é agora o caso do Natal, começa logo tudo o que é Divisão de Trânsito a alarmar, semanas antes (semanas, senhores, semanas!), a populaça para os perigos da condução perigosa e criam, inclusive, operações de controlo de tráfego com nomes tão ribombantemente fofinhos como "Natal em Segurança" ou "Cidade Tranquila".
Agora, a uma semana de estalar aquilo que muitos já classificam como "o mais brutal atentado contra os tímpanos da História contemporânea", o que é que se vê?
Serenidade e transigência.
Isto é terrorismo estrépito, meus amigos!
Não é caso para ficarmos de braços cruzados a assistir em primeira fila à desgraça!
Baladas como "Winds of Change" e "Still Loving You" deviam ser decretadas, na minha opinião (eu chamo-lhe "opinião"; vocês, se quiserem, podem chamar-lhe "soberana verdade"), como copiosas causas de disfunção eréctil e, em capítulo póstumo e em última análise, serem colocadas no patamar de risco onde se encontram coisas como as bombas atómicas de Hiroshima e de Nagasaki e os discos dos Delfins.
E mais: para além da cruel ausência de bom senso que já manifestam ao fazerem música (vocês chamam-lhe "música"; eu, se me der na telha e estiver bom tempo, chamo-lhe "feijoada à transmontana"), os Scorpions revelam uma ainda maior ausência de bom senso ao não respeitarem minimamente os seus camaradas de Apocalipse.
É que se a banda de Klaus Meine quer espalhar o caos e a babel em Portugal, então que se ponha na fila que José Sócrates chegou primeiro.