O homem que queria ser perfeito

Em tempos, existiu um homem que queria ser perfeito.

O homem tinha a vontade de que todos os seus juízos fossem os mais correctos, todas as suas acções fossem as mais válidas e todos os seus princípios formassem o leque de princípios dos princípios perfeitos.

Todos os dias, o homem aprendia através do erro a mudar para melhor, sempre para melhor, mas nunca atingindo o perfeito.

Com o passar do tempo, o homem começou a sentir que o erro talvez não fosse o único caminho para alcançar a perfeição.

E por isso, o homem frequentemente questionava-se.

Questionava os seus princípios, questionava os seus actos, questionava as suas decisões.

Mas o resultado de tantas questões resultou apenas em mais questões, que o homem conseguiu resumir a duas somente:
Será que não existem respostas para estas questões?
Ou estaria ele a fazer as perguntas erradas?

O que é certo é que o homem morreu imperfeito, e o seu testamento, também imperfeito, deixou apenas como legado à Humanidade a perfeita questão:
Existirá algo como um ser humano perfeito?