O meu pai, por Ricardo Jorge Graça Barbudo
postado por grassa às 16:12
sexta-feira, fevereiro 04, 2011
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35 Comentários:
Um compêndio para a posteridade.
Nunca pensei ter tanto material duma pessoa que me significa tão pouco...
Grande texto, pá. A sério, tens ali uns pormenores delicodoces de uma mesura indubitabelmente literária.
Só para saberes que li tudo, digo-te já que está lá em baixo a foto do teu pai na praia, a minha preferida.
E também de asseguro que tenho muito pouco que fazer neste momento.
Uau. Nunca ninguém tinha usado a palavra "delicodoce" para descrever algo relacionado comigo.
Só por isso, a próxima Duvel que beberes será por minha conta.
Ahahahahahahahah!
Essa vou bebê-la de um trago. Porque é um dom que tenho e quero partilhá-lo contigo.
Conheço um sítio onde vou com um tipo que não posso dizer quem é porque é o Leitão onde tens uma cartilha cheia de cervejas do Mundo.
Todas elas na média dos 10 graus de volume.
Não sei como é que se chama, mas eu chamo-lhe "O Paraíso".
E eu conheço um sítio igual a esse mas em Abrantes e as Duvel lá são a 2 euros.
Mas não posso dizer como se chama porque não sei. E também não digo que é ao pé do castelo, porque senão vai lá muita gente e aumenta o preço.
que cenáita delicodoce!
...posso ir às cervejas convosco?
Também já acabei de ler.
Tenho pena pela caneca, de facto.
Podes e deves.
Não tragas é a tua caneca de casa que isso dá mau aspecto.
Que acham da próxima segunda-feira?
não sei, é capaz de ser cedo. ontem diverti-me tanto que parece-me cedo repetir já na segunda.
(pergunto-me se alguém acredita que nós nos encontramos mesmo e que esta cena do combinar de copos é real)
(eu não acredito)
(isso é porque tu não existes)
O tipo que não é necessariamente quem costuma ir beber essas cervejas com o Grassa acha:
i) Que texto genialmente obscuro e cómico!
ii) Que deviamos ir todos lá beber qq coisita um dia destes...
És grande, miúdo.
Nunca mais me tinha lembrado do Inô.
Aguenta-te ao barulho miúdo. Já não há almoços grátis.
Eu acredito. E em muitas outras coisas mais.
posso ler o pdf noutro dia? é que, sabes, para te parafrasear...isso é muita gande.
E eu a achar q já tinha lido isto nalgum lado... hum... onde terá sido?... (coça cachola)...hum...(agora coçaria a fruta, se a tivesse)...hum...
desisto. Onde foi?
Depois de reler isto (o compêndio) até eu fiquei com vontade de ir às cervejas!
Mas vocês têm uma cena só vossa, tipo Clube do Bolinha, não é?
olha a quantidade de pessoas que gosta de ti, por causa do teu pai! acho que está na altura de fazeres as pazes, grassa. o teu pai faz sobressair o melhor em ti.
-eu conheço um espirita que é baratinho.
O meu pai está morto, André.
A tua frieza e o teu calculismo são demais.
talvez se me parares de chamar nomes, eu comece a ser uma pessoa decente.
Deves pensar que és melhor pessoa do que eu só porque o teu pai ainda está vivo.
Eu bem vejo os olhares que vocês, elitistas familiares, me deitam quando me vêem na rua. "Ah, aquele é meio-orfão. Não te chegues a ele, filho, que aquilo pode ser contagioso."
Vocês deixam-me doente.
Assistir a uma sessão espírita convosco a participar era tudo o que queria!
mas eu já não tenho avós, grassa! quantos avós tens tu!? diz-me, sua besta egocêntrica!
a falta que me fazem os avós, que são, por regra, as únicas pessoas que genuinamente gostam de nós, porque não nos têm de dar educação.
Eu? Tenho uma avó, mas é como se não tivesse.
Ela não me fala. Mas só porque não me ouve ao telemóvel. Mesmo quando eu berro.
que sorte... assim não é preciso conversar sobre quando ela era nova.
Wow. Isso veio assim do nada.
Porque raio é que eu haveria de querer saber coisas da minha avó sobre quando ela era mais nova?
Que raio de acusação, André. Eu não padeço de complexo de Édipo. O que é que se segue? Vais-me dizer que quando vou lá a casa dela às quartas é não para a ver e matar saudades, mas para lhe dar copos e copos de água seguidos par lhe poder snifar a roupa interior quando ela vai à casa de banho despejar os líquidos, não? E que, e que, sei lá, já agora, também tenho uma mini-câmara escondida na casa de banho para gravar quando ela vai tomar duche e que vou lá só para trocar o cartão de memória e que depois volto para casa e ponho isso numa pasta escondida e que uso isso como um tipo qualquer de pornografia obscura e incestuosa, não?
Pfff, as coisas de que tu me acusas, André. Que imaginação fértil essa.
bem... gerou-se aqui um silêncio desconfortável.
Sem dúvida.
Chama-se o silêncio da hora do almoço.
o silêncio da hora do comer?
Da comida.
Do comer, assim de repente, só me lembro do comer murros e pontapés mas não sou casada.
isso lembra-me que tenho de ir comer o comer
Hirudoid.
está visto q só eu é q não como nem insulto ninguém...
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