A terceira idade da inocência
Tenho saudades dos tempos do "ignorante feliz".
Daquele que ainda não sabia o que era perder alguém demasiado próximo.
Daquele a quem ainda não tinham despedaçado o coração.
Daquele que ainda não tinha posto a sua própria vida em causa.
Daquele que pensava que a completa felicidade era o Santo Graal no final de uma qualquer busca eterna que ainda não tinha sequer iniciado.
Daquele que pensava que a completa felicidade verdadeiramente existia, ali, de mão dada com a bondade humana, num qualquer reino cismático.
Daquele que pensava que a felicidade era mais do que, enfim, momentos efémeros a que só se dá o devido valor quando já passaram, e não quando estão a passar.
Porque quando estão a passar está demasiado ocupado a ser humano.
A ser ignorante.
A ser feliz.
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