Crónica Quarta da Gi*
E diz a Gi: "Gostava que o teu cérebro incha-se, quando encharcado em alcool, como as esponjas."
E digo eu: "E aprender a conjugar o imperfeito do conjuntivo e a colocar a devida acentuação nas coisas, não?"
E responde a Gi: "Tu sabes que existem melhores maneiras de fazer 'as coisas'."
E digo eu: "Chabala, quase que te imaginei a fazeres aspas com os dedos enquanto citavas ali 'as coisas'. Se bem que aquilo não são aspas: são plicas. Como é que se mimicam plicas? É só com um dedinho de cada lado? Ou, no teu caso, com um casco de cada lado? Que eu sei que tu és Vaca, de acordo com o horóscopo chinês mas na Tailândia."
E replica a Gi: "O que tu não sabes, é que eu também o sei. E em vez de um, passamos a ser dois."
E correspondo eu: "E eis que quando eu penso que tu não me podes deslumbrar ainda mais com essa tua intrincada noção de tentares e conseguires ser o mais básica possível, eis que surge essa tua lógica matemática aplicada à tua débil noção do que é o bem-escrever. Eu quase que aposto o meu tomatinho direito, sim, aquele que não está a descair para a desgraça, que se te entregassem um daqueles jogos com um tabuleiro com buracos na forma de um cubo, uma pirâmide, um rectângulo e uma esfera, tu haverias de conseguir, nem que fosse à melhor de três, colocar o cubo, a pirâmide, o rectângulo e a esfera nos orifícios correctos. E por "orifícios correctos" não me estou a referir a nenhuma das tuas reentrâncias sexuais porque, Deus nos livre a todos, espero que estas nunca sejam preenchidas por nada de minimamente fertilizante, seja esse nada cúbico, piramidal, rectangular ou esférico, pois se alguém tem o azar de tentar algo semelhante a sexo contigo e consegue, por algum motivo de ordem celestial que eu desconheço, ter a força de vontade necessária para ejacular na direcção dos teus ovários sem pensar no ignóbil prejuízo para a Humanidade que esse acto terá, eu nem sequer quero imaginar a que raio de Anticristo é que tu vais dar progénie. Provavelmente, ao Anticristo que vai seguir as pegadas da sua mãe, continuar o seu apocalíptico caminho e assassinar, de uma vez por todas, a Língua Portuguesa com a sua abjecta forma de escrever. O que fará de ti uma pessoa (nota que uso aqui "pessoa" no sentido lato da coisa) má. E deixarás, como acho eu que é teu apanágio para a vida, o resto das pessoas na mão."
E vai e retorque a Gi: "E eu sopro nas coisas más que ficam na palma da mão depois de ter estado contigo. E tu? Tu continuas a saber-me emocionalmente a pouco."
E vou e exponho eu: "Sabes que se soprares as coisas más da mão vais acabar por soprar a tua própria mão, não sabes? E se eu te saibo a pouco, então acho que aí o azar é teu. Talvez se beberes menos da fonte da estupidez possas vir a degustar melhor aqui deste gourmet de emoções que sou eu. É que eu sou de gosto adquirido, e ouvi dizer que as águas daquela fonte são desfeadamente tépidas, e possuem o vaticínio de te entupir toda e qualquer outra comoção que possas vir a querer apreciar. Da próxima vez que te sentires sequiosa, segue este meu conselho: caga na fonte, e pede antes uma 7 Up, OK?"
5 Comentários:
começo a desconfiar que afinal tu gostas mesmo do blog da rapariga...
é que só pode ser amor.
Nós fazemos amizades a uma velocidade que me deixa espantada...
Meu, vou-te chatear tanto os cornos, mas tanto tanto, que me hás-de (hádes) escrever poesia daquela.
É que dá mesmo vontade de te irritar. És aquilo a que eu chamo de 'poeta reacionário' . Com plicas.
Isso é tudo love??
Mas só naquela... ias lá ou nem por isso??
Já agora, o que significa "desfeadamente"? Não vá a gaja ler isto e ficar confusa com esta palavra específica.
Too fucking long. Who has the time? Incha-se!
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