Diz-me que há ainda versos por escrever, que sobra no mundo um dizer ainda puro
Sou uma pessoa que complica demasiado as coisas.
Dessa forma, o meu animal espiritual só poderia ser um gato preto mas com pequenas madeixas brancas aqui e ali e laivos ruivacentos quando a luz sobre ele incide, deitado numa prateleira (a segunda, porque na primeira não há espaço para ele saltar) com livros ordenados primeiro por género, depois por autor e só depois alfabeticamente, ao lado de uma pequena pilha de outros livros deitados e propositadamente isolados uma vez que correspondem aos que me emprestaram, e de onde consta o "Contra Mim Falo" do Vasco Gato que eu não tenho a certeza se foi a Maria ou se foi a Ana que mo concederam, já que ambas gostam de boa poesia, de comer scones com passas enquanto lêem e de me emprestar coisas sem tempo definido para devolução.
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