Sonho de uma noite de Verão (embora ainda seja Inverno...)
Imaginem um homem alto, esbelto, espadaúdo.
Imaginem esse mesmo homem sentado num banco de jardim.
Imaginem o jardim coberto das mais bonitas das orquídeas.
Imaginem o homem a encher os pulmões, até bem fundo, do mais puro ar.
Imaginem o seu sentido sentir da Natureza.
Imaginem o viver desta paz com um prazer imenso.
Imaginem a felicidade do homem a traduzir-se em sorrisos.
E imaginem uma bela desconhecida, de seios profusos, que se encontrou, durante todo este tempo, no mesmo banco de jardim, por entre meio das mesmas orquídeas, a ver o encher dos pulmões, o respirar do ar, o sentir da Natureza, o viver da paz e os sorrisos de felicidade.
E imaginem o seu sorriso de volta.
Agora, troquem o homem alto, esbelto e espadaúdo por mim.
Troquem o banco de jardim por uma cama num motel.
Troquem as orquídeas por lençóis amarrotados pelo uso.
Troquem os pulmões por um ânus peludo, e o ar por um pénis erecto.
Troquem a Natureza pelo sexo anal.
Troquem o viver pelo lamber e a paz pelo suor de um peito.
Troquem a felicidade pelo clímax e os sorrisos pelo cheiro a esperma.
... E troquem a bela desconhecida pelo João Carlos Antunes de Leitão.
Esse foi o sonho que tive ontem à noite.
In Daijobo, 22/02/2006
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